segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

MINI CURSO DE MATEMÁTICA - INEVI

Alfabetização e Letramento Matemático
INEV - Instituto Educacional Vitória
curso 40 h/a
Tutora - Leonarda Carvalho de Macedo
Graduada em Pedagogia  pela URCA/ Especialista em psicopedagogia Institucional e Clínica pela FIP / Mestranda em Educação pela Lusófona/ Técnica em Gestão Educacional -  Secretaria estadual PE/ Coordenadora Pedagógica- Secretaria Municipal de Araripina

 No que se refere à ciência, a autoridade de mil pessoas não vale o simples raciocínio de um indivíduo apenas. (Galileu)


O Conceito De Letramento Matemático : Algumas Aproximações
            A produção disponível em torno do tema proposto, principalmente em se tratando de produções brasileiras, incluindo periódicos na área de Educação Matemática, ainda é pequena. Pretendemos discutir, inicialmente, o significado do termo letramento matemático, considerando alguns aspectos importantes de caráter histórico de sua formação para logo em seguida, fazer um ensaio de demarcação conceitual.

 O conceito de Letramento

            A escolha do tema faz-se num momento em que, no Brasil e outro países, são intensas as discussões em torno do letramento e suas implicações para o contexto escolar. Tais discussões surgiram inicialmente como uma possibilidade de contrapor e inserir elementos que permitissem um avanço no debate sobre o conceito de Alfabetização que, até então, preocupava-se apenas com a utilização do código linguístico para o domínio da leitura e da escrita. Para além dos estudos na área da linguagem, podemos identificar diversos trabalhos em outras áreas que também promovem uma discussão em torno do letramento. Termos como letramento científico (Franco, 2002; Santos, 2002) e letramento matemático  (PISA, 2000) aparecem na literatura nacional e estrangeira há algum tempo.

            Para iniciar a discussão acerca da noção de letramento, nos referimos a Goulart
(2001) e Soares (2002), que apresentam conceituações abrangentes e reflexões importantes sobre o ensino-aprendizagem da língua escrita e que sintonizam esse tema diretamente com a escola básica. Além disso, percebemos grande correlação entre as abordagens destas pesquisadoras e as discussões oriundas do campo da             Educação Matemática que mais se aproximam dos objetivos deste texto, apresentando caminhos em torno de perspectivas sócio culturais e voltadas para o cotidiano escolar. Para Goulart (2001), a dinâmica social tem uma diversidade grande em suas múltiplas perspectivas. Na perspectiva cultural e das classes sociais, diversos valores são atribuídos ao conhecimento. Segundo a pesquisadora “as formas como esses conhecimentos se cruzam, aproximando-se e afastando-se, ao mesmo tempo, geram necessidades cada vez mais urgentes de se continuar repensando, entre muitas outras questões (...) a prática pedagógica discursiva” (Goulart, 2001, p. 5) Numa tentativa de buscar uma definição para letramento, Goulart (2001) admite que existem algumas questões polêmicas, como a dificuldade de conceituar letramento e a possibilidade da existência de letramentos, no plural. Como consequência destas duas questões anteriores, há uma “falta de condição de definir critérios para avaliar ou estabelecer  diferentes níveis de letramento” (Goulart, 2001, p. 6), o que exige mais estudos que sustentem a discussão. Numa perspectiva mais ampla e tentando uma demarcação inicial,  compartilhamos com Goulart que afirma que “em termos mais gerais, o letramento está relacionado ao conjunto de práticas sociais orais e escritas [de linguagem] de uma sociedade,  e também (...) à construção da autoria” (op.cit., p. 7).
            Ampliando os objetivos direcionados à escola, Cecília Goulart (op.cit.)acrescenta que a noção de letramento, como definida acima, interliga-se a um modo de conceber a linguagem escrita e seu contexto sócio histórico, problematizando de modo intenso seu ensino/aprendizagem. Assumindo-se como pesquisadora preocupada com a temática da Alfabetização, Goulart centra seus esforços no desafio posto por Magda Soares (op.cit.) de “Como alfabetizar, letrando?”. Finalmente destacamos, em Goulart, uma citação que, de certa forma, faz uma primeira aproximação à conceituação de letramento e que será muito útil para delimitarmos, mais adiante, o conceito de letramento matemático:

Estamos aqui entendendo as orientações de letramento como o especto de conhecimentos desenvolvidos pelos sujeitos nos seus grupos sociais, em relação com outros grupos e com instituições sociais diversas. Este espectro está relacionado à vida cotidiana e a outras esferas da vida social, atravessadas pelas formas como a linguagem escrita as perpassa, de modo implícito ou explícito, de modo mais complexo ou menos complexo. (Goulart, 2001, p. 10)


            Soares (2002) reafirma a imprecisão na conceituação do termo letramento mostrando que é recente sua introdução nas áreas das letras e da educação. A pesquisadora argumenta, no entanto, que não há uma multiplicidade de conceitos, mas sim uma multiplicidade de ênfases na caracterização do fenômeno. Ressalta, por exemplo, a diferenciação na conceituação de Tfouni e Kleiman.
            Segundo Soares (2002), “Tfouni toma,  para conceituar letramento, o impacto social da escrita, que, para Kleiman, é apenas um dos componentes desse fenômeno; Kleiman acrescenta a esses outros componentes, também as próprias práticas sociais de leitura e escrita e os eventos em que elas ocorrem” compondo assim, o conceito de letramento.


“Quanto maior for o apoio que as famílias derem à aprendizagem e ao progresso educacional das suas crianças, maiores são as probabilidades de terem sucesso na escola e de continuarem a sua formação escolar.”

Porque é essencial acreditar na capacidade das nossas crianças aprenderem matemática?
Entender matemática cria confiança e abre portas para muitos empregos e carreiras. Entender matemática permite-nos:
• Resolver problemas e tomar decisões seguras.
• Explicar como resolvemos um problema e porque tomamos uma determinada decisão.
• Usar tecnologia (como calculadoras e aplicações informáticas) para ajudar a resolver problemas .
• Entender padrões e tendências para podermos fazer previsões (por exemplo, podemos manter o controle de quanto sumo/suco é consumido para que possamos saber quanto comprar cada semana) .
• Gerenciar o nosso tempo e dinheiro (por exemplo, podemos calcular quanto tempo precisamos para chegar ao trabalho, quantos alimentos precisamos para preparar refeições e quanto dinheiro precisamos para comprar alimentos).
• Lidar com situações quotidianas que envolvem números (como por exemplo descobrir quando chegará o próximo ônibus e dividir uma receita).
            Antes da sua criança poder aprender matemática, ela precisa acreditar na sua própria capacidade de o fazer. É aí que começa o seu papel. Você pode ser o primeiro exemplo da criança para a aprendizagem.

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA
            Ao entrar para a escola, a criança está inserida socialmente no mundo e convive com uma cultura própria de seu grupo de pertencimento. Muitas das competências matemáticas iniciais já estão internalizadas por ela, muito embora seja um conhecimento não sistematizado.

            O aluno utiliza a matemática no seu cotidiano e a utiliza com acertos, mas a escola não sabe valorizar o conhecimento matemático que essa criança adquiriu ao longo de sua vivência no mundo. Exemplo disso é o trato com números de telefone, de números das casas da rua onde mora, compras que fazem, jogos em que contam, adicionam, subtraem e dão resultados, eventuais coleções de figurinhas e outros jogos que fazem parte das brincadeiras no cotidiano das crianças.

            A Matemática, a exemplo da Língua Materna, é uma prática social, uma ferramenta de interação com o mundo, da qual a criança se utiliza em muitos momentos de sua vida e que, portanto já está em parte construída quando ela chega à escola para ser alfabetizada. Reconhecer estes conhecimentos prévios, levando o aluno a perceber que, da mesma forma como ele fala a Língua Materna, também “fala” e usa a Matemática e o que ele vai aprender no espaço escolar já está, de certa forma, elaborado.

            E este é um grande desafio para o professor alfabetizador: equacionar o conhecimento matemático cotidiano da criança ao conhecimento matemático formal do aluno, tornando a aprendizagem significativa.

            É possível acrescentar conceitos matemáticos aos já construídos pelos alunos na sua relação com o mundo e as pessoas. Vários conceitos da Matemática são utilizados no dia-a-dia da criança e seria natural que a escola apropriasse destes conhecimentos para construir o conhecimento escolar, sem desprestigiar a matemática existente, resultante da prática social do aluno.

            Para tanto, o professor deve estar apto a desenvolver ações que levem o seu aluno a pensar, raciocinar sobre o objeto de conhecimento, elaborar, reelaborar, analogizar, para que a sua inserção no mundo ocorra para o desenvolvimento da cidadania.











"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir.
Cria situações-problemas."
Jean Piaget


O PAPEL DO PROFESSOR...

Ana Maria Severiano de Paiva / Ilydio Pereira de Sá

            Será que o melhor professor é aquele que explica “tudo certinho”, sem dar tempo ou chance ao seu aluno de fazer perguntas, de ter dúvidas? Nós há uns vinte anos, com certeza, pensávamos dessa forma. Hoje, diante da complexidade e da velocidade das mudanças que se processam no mundo, nas comunicações, nas relações de trabalho, nas relações sociais e no conhecimento, acreditamos que, reconhecendo a importância da ação do professor, o papel atribuído a este deve ser muito mais o de mediador do processo de ampliação da ação dos diferentes sujeitos sociais, contribuindo para torná-los protagonistas das suas próprias histórias.
            Protagonismo este que deverá ser desenvolvido através de atividades significativas.
            Diante da liberdade de pensar e de agir, surge a necessidade do diálogo, do respeito ao tempo de cada um, sem que isto signifique deixar o fraco como fraco, porque é o seu tempo, mas partir do outro como uma pessoa que é um mundo de possibilidades e não um universo de limitações. Exige do educador ir além do seu conteúdo específico, situando este em um contexto mais amplo de questões identificadas com o aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conhecer.
            Não há receitas e não há fórmulas mágicas. Se isso existisse, tornaria homogêneo o que é diferente, porque é fruto da relação dos homens entre si. Mas aí é que se instala o medo. E este se apresenta mais forte quando se fala em avaliação. Se admitirmos que avaliação é um processo contínuo, ela se constrói com a participação dos diferentes sujeitos sociais: educadores e educandos. Se é processo, extrapola a marcação do X, do certo, da quantificação de acertos, da utilização de "tabelinhas de conversão de números para letras ou qualquer outro código". Portanto, sob essa ótica de avaliação, temos que considerar questões fundamentais: "Como avaliar?”, “como devem ser as provas?”, “os testes?”, “os exercícios?”, “os trabalhos?”, “as pesquisas?”. É óbvio que isto torna o nosso papel muito complexo, nos remetendo novamente à condição de seres em processo contínuo de construção de seus saberes, nos lembrando que devemos estabelecer um diálogo contínuo com o conhecimento e com os sujeitos: educador– pesquisador.
            Essa nova postura (que aliás não é tão nova assim) de propor, organizar e coordenar o desenvolvimento das atividades dos alunos substitui, com grande vantagem, a de “explicar a matéria”, escolhendo as famosas listas de exercícios e realizando a avaliação através da de um instrumento formal - a prova.Consultando-se o "Aurélio", verificamos que prova seria 'aquilo que atesta a veracidade ou a autenticidade de alguma coisa". Que coisa seria essa? No senso comum de nossas escolas, a prova atestaria muitas vezes a veracidade da limitação dos alunos, do seu fracasso, do pouco esforço, da falta de interesse - o foco sempre nos alunos. Será que não poderíamos ampliar esta discussão e inserir nela os sujeitos da prova, que a nosso ver não são somente os alunos que "em princípio estariam ali para aprender", mas também nos perguntarmos "por aquele que ensina"?
            A questão é séria porque quando a iniciamos, em geral, ficam uns em posição de ataque e outros em posição de defesa. Ora, não existem réus, o culpado não é o professor, muito menos o aluno. São novos olhares para o conhecimento, para os saberes, para quem ensina e quem aprende. São interrogações sobre os sentidos atribuídos à educação no mundo de hoje. Não se pode admitir mais a exclusão do direito à educação de todos os homens, porque negar este direito é negar outros direitos sociais intimamente relacionados com o capital cultural, com o capital de informações, com o exercício da cidadania. Para que serve a escola?         Para que serve a educação ministrada em um espaço institucionalizado? Ou só consideramos os saberes que se adquirem nos bancos escolares? Nós não podemos desperdiçar a chance de, ao elaborar as situações de aprendizagem, promover a reflexão dos alunos sobre as experiências e sobre os conhecimentos que forem sendo construídos. Diante dessa perspectiva, o professor como “facilitador” (não no sentido de entregar pronto,fácil), deverá buscar as melhores condições para que a aprendizagem ocorra, já que são os alunos que devem aprender. Quantas vezes já dissemos a famosa frase: “eu ensinei tudo, dei todo o programa”. Como podemos dizer isso, se na maioria das vezes os alunos não aprenderam, ou aprenderam a responder apenas o que desejávamos que respondessem numa prova ou teste, sem conseguir verificar a importância, o significado ou mesmo sem conseguir fazer a transferência do que foi “ensinado”? Queremos ainda destacar que a função do professor sempre foi e continuará sendo insubstituível, mesmo com tecnologias, métodos, manuais e programas supostamente adequados, só que tudo isso depende essencialmente da postura do professor, sem esquecer que tal trabalho docente depende também da forma de gestão e de coordenação da Escola, bem como do uso adequado de todos os fóruns de discussão – como os conselhos de classe – na busca de algo ainda não bem definido e para o qual não existem“ receitas mágicas”.


A QUESTÃO DO SíMBOLO

A primeira coisa que os alfabetizandos precisam saber “é o que representam aqueles risquinhos pretos em uma página branca” que parecem não oferecer dificuldade a quem já incorporou a noção, e que sendo estes risquinhos no papel símbolos dos sons da fala, é “necessário entender o que é um símbolo”.

Na matemática, a representação das operações se faz sobretudo através de símbolos – números, sinais – o que torna a linguagem matemática abstrata.

Trabalhar a questão dos signos na escola seria essencial para que os alunos compreendessem que o numeral 2, por exemplo, está em lugar da quantidade b b, representa a quantidade na escrita matemática, criado através de uma convenção, a partir da necessidade social.

Antes de se iniciar o processo de alfabetização, deve-se mostrar à criança diversos símbolos: “Cor vermelha, no sinal de trânsito, simboliza a instrução Pare. A cor verde simboliza a instrução Ande. O dedo polegar voltado para cima simboliza a informação Tudo bem.” e outros símbolos de uso comum no cotidiano da criança, porque “uma criança que ainda não consiga compreender o que seja uma relação simbólica entre dois objetos não conseguirá aprender a ler.

E com a matemática acontece a mesma coisa, é necessário a noção de símbolos para apropriar-se dos conceitos matemáticos.




As vantagens da concepção (não é um método) construtivista são muitas:

1- A alfabetização acontece respeitando individualidade de cada aluno e seu ritmo, trabalhando com os níveis de aquisição do processo da escrita, segundo a educadora Emília Ferreiro.
2- A alfabetização é um processo de construção, em que a criança constrói seu conhecimento a partir de reflexões e conflitos de suas hipóteses de escrita.
3- A alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita. Através de vários portadores de textos, a criança entra em contato com a leitura e a escrita do mundo que nos cerca, mesmo ainda sem saber ler. É o processo de alfabetizar letrando.

O processo de alfabetização ocorre por meio das intervenções junto aos alunos, levando-os a entrarem em conflito sobre suas hipóteses de escrita por meio das reflexões das mesmas e a avançarem no seu processo de ensino-aprendizagem.
Ele parte de uma sondagem, que realizada no início do ano e a cada bimestre, diagnosticando quais as hipóteses dos alunos sobre a escrita.
Nas  aulas utiliza-se  diversos tipos de textos como parlendas, trava-línguas, receitas, músicas, bilhetes, poemas, histórias... e muitos jogos.
A hora da leitura é rotina diária, leitura para os alunos de  livro, notícia, curiosidade etc. E na hora da leitura livre as crianças podem entrar em contato com diversos portadores de textos.
Não faltam cartazes com listas de nomes dos alunos ou palavras significativas como lista de brinquedos, uma parlenda ou cantiga conhecida pelo aluno e outros. Assim a criança vai se apropriando do código linguístico, mesmo sem ainda saber ler.
O papel do alfabetizador é ser um mediador no processo ensino-aprendizagem de seus alunos. Conhecendo e respeitando os alunos, levando-os a construírem seus próprios conhecimentos.







Alfabetização sócio-interacionista
https://lh4.googleusercontent.com/-TBaINJ30vZI/TYlYPGMqL3I/AAAAAAAAMPI/GYoFQd-mhyc/s1600/c%25C3%25A7as+lendo.jpg

            Segundo Vygotsky há uma abordagem genética da escrita que preocupa-se com o processo de aquisição. Para compreender o desenvolvimento da escrita é necessário estudar o que ele chama de “a pré-história da linguagem escrita” – o que se passa com a criança antes de ser submetida a processos deliberados de alfabetização.
        
            As crianças inicialmente imitam o formato da escrita de um adulto, produzindo apenas rabiscos mecânicos, sem nenhuma função instrumental; num nível mais avançado, elas continuam a fazer sinais sem relação com o conteúdo das sentenças faladas, passando por diferentes subníveis, até que consigam diferenciar os signos da escrita pelo conteúdo do que é dito. Neste ponto, a criança já descobriu a necessidade de trabalhar com marcas diferentes em sua escrita, que possam ser relacionadas com o conteúdo.       Passa, então, para a utilização dos desenhos como forma de expressão individual. A partir desse momento, a criança passa à escrita simbólica. O próximo passo envolve o aprendizado da língua escrita propriamente dita – não um processo individual, mas que interage com a observação da vida cotidiana (OLIVEIRA, 1993). 

            O mais importante é lembrar que se deve ensinar a linguagem escrita e não, simplesmente, a escrita das letras.
UTILIZANDO CURIOSIDADES E JOGOS MATEMÁTICOS EM SALA DE AULA
Curiosidades e Jogos matemáticos como recurso didático
Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós, como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático. Referimo-nos àqueles que implicam conhecimentos matemáticos.
Vygotsky afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais.
Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia.
Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira geral. Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir.
Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância.
Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.
'' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de  diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.''
(Borin,1996,9)
Segundo Malba Tahan, 1968, ''para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores''. Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam.
Moura, 1991, afirma que ''o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas''.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação.
Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados em três tipos:
·         jogos estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico. Com eles, os alunos leem as regras e buscam caminhos para atingirem o objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não interfere no resultado;
   
·         jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as ideias anteriormente colocadas;
   
·         jogos geométricos, que têm como objetivo desenvolver a habilidade de observação e o pensamento lógico. Com eles conseguimos trabalhar figuras geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos.
   
Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas encaminha a deduções. São mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que para o trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes da partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa.
Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático. Em ambos temos regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas e novos conhecimentos (resultados).
O trabalho com jogos matemáticos em sala de aula nos traz alguns benefícios:
·         conseguimos detectar os alunos que estão com dificuldades reais;
·         o aluno demonstra para seus colegas e professores se o assunto foi bem assimilado;
·         existe uma competição entre os jogadores e os adversários, pois almejam vencer e par isso aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites;
·         durante o desenrolar de um jogo, observamos que o aluno se torna mais crítico, alerta e confiante, expressando o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões sem necessidade da interferência ou aprovação do professor;
·         não existe o medo de errar, pois o erro é considerado um degrau necessário para se chegar a uma resposta correta;
·         o aluno se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda sem perceber.
Mas devemos, também, ter alguns cuidados ao escolher os jogos a serem aplicados:
·         não tornar o jogo algo obrigatório;
·         escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias;
·         utilizar atividades que envolvam dois ou mais alunos, para oportunizar a interação social;
·         estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada;
·         trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la;
·         estudar o jogo antes de aplicá-lo (o que só é possível, jogando).
   
Temos de formar a consciência de que os sujeitos, ao aprenderem, não o fazem como puros assimiladores de conhecimentos mas sim que, nesse processo, existem determinados componentes internos que não podem deixar de ser ignorados pelos educadores.
Não é necessário ressaltar a grande importância da solução de problemas, pois vivemos em um mundo o qual cada vez mais, exige que as pessoas pensem, questionem e se arrisquem propondo soluções aos vários desafios os quais surgem no trabalho ou na vida cotidiana.
Para a aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são consideradas parte das atividades pedagógicas, justamente por serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a utilizá-los em sala de aula.
Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à prática, mas quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma chance que temos de fazê-lo. Eles podem ser usados na classe como um prolongamento da prática habitual da aula. São recursos interessantes e eficientes, que auxiliam os alunos.








PROJETANDO


http://4.bp.blogspot.com/_iRLKIGV3Wus/SKom_8vswzI/AAAAAAAACsQ/kB_OkV1kb-k/s320/menina-pensando-numeros.jpg



Tema:
Um, dois, três: é hora de matemática.

Problematização:
Como alfabetizar e letrar por meio da matemática? 

Justificativa:
             Percebe-se a necessidade de implementar a matemática na sala de aula, porém, a implementação dessa dar-se-á não somente a partir da alfabetização, como também do letramento; sendo que estes devem ser indissociáveis quando espera-se o melhor resultado. Segundo Soares ( 2009, p.39-40)  
alfabetizado é aquele que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita.
            Nessa perspectiva é importante alfabetizar letrando, focalizando não apenas ao português, mas também as demais áreas de conhecimento, provocando um diálogo entre elas.
            Tendo em vista a dificuldade, desenvolveremos este projeto focalizando a matemática (muitas vezes imperceptível a matemática encontra-se em todos os meios sociais). Trabalhando de modo interdisciplinar, tomando o cuidado para que o ensino de matemática não aconteça de forma mecânica, tornando-a inacessível ao entendimento, sem a contextualização da realidade do educando. Em suma é relevante trabalhar a matemática, assim como todas as demais disciplinas, alfabetizando, letrando, pois o aluno deve apropriar-se dos conceitos matemáticos focalizando para as práticas sociais.


Objetivo geral:
            Promover a capacidade crítica e as habilidades de produção espontâneas, procurando avançar em suas hipóteses.

Objetivos específicos:
Ø  Reconhecer a relação entre número e quantidade;
Ø  Classificar os objetos formando conjuntos;
Ø  Identificar as figuras geométricas presentes na escola;
Ø  Relacionar as formas espaciais às planas;
Ø  Identificar os valores das moedas e cédulas do dinheiro brasileiro;

Situações de aprendizagem:

Conteúdo: Números e quantidades
Objetivo específico: Reconhecer a relação entre número e quantidade;
Atividades:
a.Inicialmente apresentar o material dourado a turma, questionando se já conhecem ou não, se sabem como ele é utilizado, a seguir mostrar aos alunos quanto vale cada unidade, dezena e centena, para posteriormente questionar acerca das quantidades;
b. Propor que construam e desconstruam unidades em dezenas, dezenas em unidades, com variadas metodologias.
c. A história “Os números” (quadrinhas dos Filopatas) será contada aos alunos, por meio de teatro de fantoche;
 d. Propor que se dividam em grupos e cada grupo ficará com um número representando uma quantidade, cada grupo fará uma história com o número que lhe foi dado.

Conteúdo: Conjunto
Objetivo: Classificar objetos formando conjuntos;
Atividades:
a. A partir dos conhecimentos que as crianças já possuem à respeito de números, iniciaremos a aula trabalhando com concepção de “conjunto”. Antes de iniciar a atividade, é importante falar da importância dos materiais utilizados que estão sendo reutilizados (a questão da reciclagem);
b. Levar para sala de aula tampinhas de garrafas pet (de anel de alumínio), champoo, desodorante, sendo que este material pode ser produzido para trabalhar em grupos. Logo após a professora, com os materiais problematizará sobre adição, subtração e divisão. Ex: Formar um conjunto com cinco tampinhas de alumínio e outro com 7 tampinhas de garrafa pet, em seguida questionar qual a quantidade de tampinhas de alumínio terão que ser acrescentados ao conjunto de garrafas pet para igualar os conjuntos de tampinhas de alumínio.
c.  Lembrar que nesta atividade, pode-se trabalhar formas: maior e menor, igual e diferente, vai depender da sua criatividade;

Conteúdo: Formas geométricas;
Objetivo: Identificar as figuras geométricas presentes na escola;
Atividades:
a. Roda de conversa sobre o tema figuras geométricas, levantar os conhecimentos que os alunos possuem a respeito do tema;
b. Construção coletiva dos materiais utilizando E.V.A. correspondentes as figuras geométricas, ex: círculo, quadrado, retângulo, etc.
c. Após a explanação dos nomes das figuras, levar os alunos para um passeio pela escola, para que os mesmos identifiquem as figuras que encontraram.
d. Pedir para que os alunos registrem as figuras que encontraram;
e. Registrar também com máquina fotográfica, imprimir e expor em sala;

Conteúdo: Formas espaciais e planas;
Objetivo: Relacionar as formar espaciais às planas;
Atividades:
a. Contar a história “Formas e cores” dos Filopatas, utilizando o data-show, dialogando com as crianças sobre as formas geométricas presentes no livro;
b. As crianças farão um círculo, a professora mostrará todas os objetos da caixa surpresa, e com a ajuda do kit das formas geométricas planas, as crianças reconhecerão as formas espaciais encontradas nos objetos;
c. Cada criança pegará dois objetos da caixa com formas diferentes e pintarão com tinta guache suas formas, em seguida vão carimbar seus lados em uma folha de papel, logo após vão nomear as formas planas e contá-las, enumerando-as;
d. As crianças acompanhadas pelas professora irão pesquisar em toda a escola, espaços, objetos, e o que tenha forma plana e espacial e levar em forma de escrita ou desenho a sala para em círculo compartilhar com seus colegas;

Conteúdo: Sistema monetário
Objetivo: Identificar valores de cédulas e moedas de valores brasileiros;
Atividades:
a. Os alunos irão ouvir e ler a letra da música “Dinheiro” da Rita Lee, problematizando a importância do dinheiro em nossa sociedade, trazendo um pouco da história do dinheiro. Mostrar o vídeo “história do dinheiro”. Logo após mostrar modelos de notas e moedas de nosso país e de outros países.
b. Os alunos irão pesquisar em grupos valores dos produtos comercializados no mercado. Esta pesquisa será feita por meio de folders, revistas, jornais, etc. após recortarem eles irão montar uma tabela, para comparação dos preços. Será feita uma reta numérica de papel para comparação dos preços;

Recursos:
Ø  Tampas de plástico e alumínio;
Ø  E.V.A. de cores variadas;
Ø  Palitos de picolé;
Ø  Material dourado;
Ø  Folhas A4;
Ø  Folders, revistas, jornais, etc;
Ø  Livros, CDs e DVDs;
Ø  Aparelho de som, aparelho de DVD, notebook;
Ø  Materiais reutilizáveis;
Ø  Máquina fotográfica;
Ø  Cédulas e moedas;
Avaliação:
A avaliação será realizada pela professora regente.

Referências:
BORIN,J.Jogos e resolução de problemas:uma estratégia para as aulas de matemática.São Paulo:IME-USP;1996.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.Parâmetros Curriculares Nacionais.Brasília:MEC/SEF,1997.
FERRERO,L.F.El juegoy la matemática.Madrid:La Muralla,1991.
GUZMÁN, M. de. Aventuras Matemáticas. Barcelona:Labor,1986.
MOURA, M. O. de. A construção do signo numérico em situação de ensino.São Paulo:USP,1991.
TAHAN, M. O homem que calculava. Rio de Janeiro:Record,1968.
GINCANA
Dados Da Aula
O Que O Aluno Poderá Aprender Com Esta Aula
- Desenvolver O Raciocínio Lógico E Outros Conceitos Que Podem Ser Definidos Pelo Professor.
Duração Das Atividades
Duas Aulas De 50 Minutos Cada
Conhecimentos Prévios Trabalhados Pelo Professor Com O Aluno
-Conjunto Dos Números Naturais; -Conceitos Básicos De Geometria
Estratégias E Recursos Da Aula



Caro professor, nossa Gincana Matemática tem um caráter lúdico e um grande potencial didático. Aqui daremos apenas uma proposta de como você pode realizar sua gincana, mas você pode definir um conteúdo específico para as perguntas ou completá-la com outros desafios que conheça. A Gincana Matemática proposta está dividida em três etapas.
Etapa I
A primeira consiste de perguntas e respostas para as equipes (Passa ou Repassa). A pergunta é feita para uma equipe valendo dez pontos, essa equipe tem o direito da resposta, mas se der uma resposta errada, perde todos os pontos conquistados, ou a equipe tem a opção de “passar”. Nesta opção a pergunta é feita para a outra equipe e agora valendo 20 pontos, essa nova equipe tem o direito da resposta, mas errando perde todos os pontos. A segunda equipe tem o direito de “repassar” e a pergunta será feita novamente à primeira equipe valendo agora 30 pontos, a equipe tem o direito de responder ou de “pagar”. O “pagar”, última opção, consiste de um desafio matemático concreto e sua realização num determinado tempo vale 50 pontos. Na nossa proposta indicamos algumas perguntas encontradas no endereço, em desafios matemáticos:
Sugerimos ao professor desafios relacionados aos conteúdos dados e de acordo com o nível de aprendizagem da turma. Feitos previamente.

Desafios concretos “Paga”


1-As Rainhas

Como distribuir oito rainhas num tabuleiro de xadrez de modo que nenhuma delas ameace as demais? Lembrando que as rainhas podem tomar uma peça seguindo na vertical, horizontal e diagonal, podendo avançar quantas casas desejar, estando estas desocupadas, e ao capturarmos uma peça , diferente do jogo de damas, a peça que realizou a ação ocupará o lugar da peça capturada, logo é possível capturar uma peça mesmo havendo duas peças juntas, uma imediatamente após a outra.
Este desafio deverá ser cumprido por dois integrantes, o tabuleiro se encontrará a certa distância das peças, e estas deverão ser pegas uma por vez. Existem várias soluções para este enigma, a imagem abaixo mostra, para melhor entendimento, uma dessas soluções.
Tempo máximo: 5 minutos.


 2-Torre de Hanói Humana

Este desafio será feito por quatro integrantes da equipe, sendo que três deles deverão ser os pinos da torre de Hanói e não poderão fornecer ajuda alguma. O outro integrante escolhido transportará os discos de um dos pinos a outro seguindo as regras da Torre de Hanói:
*Deve-se passar um disco de cada vez;
*Nunca um disco maior pode ficar em cima de um disco menor;
Tempo máximo: 5 minutos.
Professor os discos da sua Torre de Hanói Humana podem ser construídos com diversos materiais, por exemplo, caixas de papelão, ou câmaras de ar de pneus. O número de discos neste desafio pode ser definido pelo lançamento de um dado.
Não sugerimos o hanói humano para crianças. O professor deverá escolher um outro jogo estratégico ou o hanói propriamente dito.

3-Quadrado Mágico

Um integrante escolhido pela equipe adversária deverá montar um Quadrado Mágico de nove elementos, num quadrado mágico devemos dispor em suas células números de um a nove, sem repetir, de forma que a soma dos números dispostos nas linhas, colunas ou diagonais seja sempre a mesma. Para tornar o desafio mais interessante as peças numeradas, se encontrarão afastadas do local onde se dará à resolução do desafio, e deverão ser buscadas, uma a uma, por outro integrante da equipe.
Tempo máximo: 3 minutos

4- Tangran

Com as figuras do tangran dois integrantes da equipe deverão construir uma figura igual a uma pré-determinada pelo professor. O tangran pode ser encontrado no endereço:
Tempo máximo: 3 minutos

5- Quantidades

Utilize para a construção desse desafio recipientes transparentes de diversos tamanhos e formatos, encha-os o quanto desejarem com líquidos coloridos, mas medindo a quantidade e anotando numa folha suas medidas, para se obter diferentes medidas. Para cumprir este desafio os alunos deverão acertar um número mínimo de quantidades. Por exemplo, três quantidades num total de dez recipientes.
Tempo máximo: 3 minutos

Esses são apenas alguns exemplos de desafio que podem ter sua Gincana Matemática, você pode criar vários desafios de acordo com o conceito que pretende trabalhar.

Etapa II

A segunda etapa é composta por questões que deverão ser respondidas individualmente. Professor, nesta segunda etapa seria bastante interessante definir um tema para suas perguntas. Utilizar o conceito que está sendo estudado pelos alunos é uma ótima estratégia, uma maneira até mesmo de avaliação.
As perguntas agora serão direcionadas a um integrante de cada equipe. Você pode definir quem terá o direito à resposta usando o mecanismo que achar mais acessível, como, por exemplo, tocar um sino afastado igualmente dos dois integrantes. Aquele que tocar o sino primeiro, obrigatoriamente terá que responder; caso a resposta esteja correta sua equipe ganha 10 pontos e seu oponente recebe uma “torta na cara” ou algo para identificar; caso a resposta esteja errada, o contrário ocorre: a equipe adversária ganha 10 pontos e este integrante recebe a “torta na cara”.

Perguntas “Torta na cara”

1-Um tijolo pesa um quilograma mais meio tijolo. Qual o peso de dois tijolos?
Se um tijolo pesa um quilograma mais meio tijolo, temos que um quilograma é o peso de meio tijolo, portanto o peso de dois tijolos é quatro quilogramas.
2-Você precisa fazer uma viagem de carro de 18000 km. Os pneus de seu veículo duram 12000 km. Qual o número mínimo de pneus reservas você precisa levar?
Apenas dois. Você anda 6000 km, e troca os pneus da frente, e anda mais 6000 km; depois os que estavam na frente, ao inicio da viagem, você troca com os de trás e segue o restante da viagem.
3- Quanto tempo leva um trem, de um quilômetro de comprimento, para atravessar um túnel de um quilômetro de comprimento, sabendo que o trem possui velocidade igual a um quilômetro por minuto?
Dois minutos. O trem leva um minuto para se encontrar todo dentro do túnel, e mais um minuto para sair completamente, logo leva dois minutos para atravessá-lo completamente.
4- Três gatos demoram um minuto e meio para apanhar três ratos, quanto tempo levará para cem gatos apanharem cem ratos?
Um minuto e meio. Três gatos apanham três ratos em um minuto e meio, logo cada gato leva um minuto e meio para apanhar cada rato, o que não mudará com cem gatos e cem ratos.
5- Um náufrago está em uma ilha e pode enxergar mais outras duas ilhas. Ele está faminto, e percebe que cada ilha, junto com a sua, possui três palmeiras, e cada uma destas com três cocos. Se ele recolher todos os cocos, quantos cocos ele terá?
Nenhum. O coqueiro é que tem cocos.
6- Você está num quarto escuro. E com o tato encontra à sua frente três objetos: um fósforo, uma vela, e uma lamparina. Qual destes você acenderá primeiro?
O fósforo. Para acender os outros dois, necessariamente, você deverá acender o fósforo.
7- Houve um grande incêndio numa floresta e dois valentes bombeiros foram tentar apagá-lo. Depois de muito sacrifício o conseguiram, e ao sair da floresta, um deles estava coberto de fuligem, com o rosto todo coberto de preto, e o outro estava absolutamente limpo. Após saírem da densa floresta qual dos dois irá lavar o rosto?
O bombeiro que está com o rosto limpo, pois ao observar o rosto do amigo concluiu que também tinha o rosto sujo, ao contrário do amigo que com o rosto sujo observou o rosto limpo do amigo e acreditou estar limpo também.
8- Paula quer sair à noite, mas sua mãe a proibiu. Mesmo assim ela resolve tentar, mas lembra-se que não tem nenhum par de meias limpas, mas sabe que sua mãe tem no quarto dez pares de meias, cinco pares brancos e cinco pares pretos. Se todas as meias estão misturadas e para pegar as meias Paula não poderá acender a luz para não acordar sua mãe, qual número mínimo de meias Paula deverá pegar para ter certeza que tem um par de meias da mesma cor?
Três meias. Ao pegar uma meia Paula não pode saber se esta é branca ou preta, ao pegar a segunda pode-se formar um par da mesma cor, mas também pode ser uma meia de cor diferente, ao pegar uma terceira meia esta só fará par com alguma das duas anteriores, pois só pode ser branca ou preta.
9- Você precisa cozinhar um ovo por dois minutos exatos, mas para isso você possui somente duas ampulhetas, uma que marca cinco minutos e uma que marca três minutos. Como fazer?
Simples. Apenas deite as duas ampulhetas ao mesmo tempo, quando a de três se esgotar coloque o ovo para cozinhar, pois faltará exatamente dois minutos para a finalização da outra ampulheta.
10- Três pessoas querem atravessar um rio bem fundo, nenhuma das três sabe nadar. Para essa tarefa elas possuem um barco, mas sabem que o barco suporta no máximo 150 quilogramas. Elas pesam cinquenta, setenta e cinco, e cem quilogramas. Como farão nossos personagens para atravessar o rio?
Atravessam, no barco, o personagem que pesa 50 e o de 75, mas apenas o de 50 retorna trazendo o barco de volta. E ele fica novamente nessa margem, e apenas o de 100 quilogramas atravessa dessa vez, e quem retorna com o barco, é o de 75, que volta para buscar o de 50, e os dois atravessam o rio e terminam a travessia.
Parte III
Esta é nossa última etapa, e será realizada da seguinte forma: Construa casas numeradas de um a vinte, de papelão, e um dado feito com uma caixa grande de papelão. Teremos assim um jogo de tabuleiro humano, onde um integrante de cada equipe fará o papel de pinos do jogo. O dado é lançado e sua face define a quantidade de casas que uma equipe avançará. As casas podem conter enigmas, desafios ou instruções que, ao cair nela, a equipe deverá realizar. A equipe que chegar, primeiro à última casa ganha esta etapa e recebe 100 pontos. Nessa proposta daremos apenas um exemplo de como distribuir as “instruções” no tabuleiro.

Casas
1 –Avance três casas
2 –
3 –Enigma 1
4 –
5 –Permaneça sem jogar
6 –Desafio 1
7 –
8 –Volte uma casa
9 –Enigma 2
10 –Enigma 3
11 –Jogue novamente
12 –Avance duas casas
13 –
14 –Enigma 4
15 –Ganhou 30 pontos
16 –Enigma 5
17 –Enigma 6
18 –Enigma 7
19 –Volte 6 casas
20 –Desafio 2



* os enigmas e desafios serão propostos pelo professor de acordo com sua turma e nível de desenvolvimento dos alunos . ( Organizados previamente )


CLICA AKI ! ;)


Nenhum comentário:

Postar um comentário