segunda-feira, 28 de outubro de 2013

OFICINAS PEDAGÓGICAS PELAS ALUNAS DO INEVI - CETECS BRASIL



Corrida de Sapos
O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles. Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:
Que pena !!! esses sapinhos não vão conseguir...não vão conseguir..." E os sapinhos começaram a desistir.
Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo. A multidão continuava gritando:
"... que pena !!! vocês não vão conseguir !...". E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um, menos aquele sapinho que continuava tranquilo ... embora cada vez mais arfante. Já ao final da competição, todos desistiram, menos ele. A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido. E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

Rs rs rs rs.. Antes de falar do trabalho que vou apresentar optei por expor este texto, "corrida de sapos". Há algum tempo ouvi de um senhor que temos de ser esse sapinho do texto sempre que tentarem nos dizer que não somos capazes, que não somos dignos de realizarmos determinadas tarefas !
Os cursos de EAD por vezes são criticados, de certo, por pessoas mesquinhas que tem medo de uma boa concorrência!Principalmente os cursos de Pedagogia , que são os mais presentes na Região do Araripipe.
Concordo que todos os institutos, universidades, escolas, qualquer órgão que trabalhe com pessoas estão sujeitos a erro, TODOS ESTAMOS!
O que é precipitação é falar de algo que não se conhece.
Recebi, com prazer o desafio de ter a mim confiada a missão de lecionar a turmas do curso de pedagogia  pelo Instituto INEVI. Atentei-me em registrar os trabalhos realizados de uma disciplina, especificamente.
Felicitei-me com o que os meus olhos contemplaram !!
Uma dedicação sublime, cuidado, atenção para fazer bem feito, a emoção das meninas ao relatarem sobre como tudo se deu me emocionou!
O que me faz constatar que, genericamente tem de haver, sem sombra de dúvidas, DISPOSIÇÃO de ambas as partes para que as coisas fluam , para que possamos contemplar a educação como deve ser !
Somada a vontade de aprender dos nossos pequenos é imprescindível que haja a parcela de contributo dos professores, do contrário a monotonia não os permitirá aprender!


PLANO DE CURSO
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
EMENTA:
Concepções de infância a partir do enfoque interdisciplinar considerando a base histórica, psicológica, biológica e sociológica. Políticas de atendimento a infância. Concepções, características e objetivos. Enfoques metodológicos na Educação Infantil de 0 a 6 anos de idade. A importância do lúdico no processo de aquisição das habilidades de leitura e escrita. Liberdade e criatividade da criança no processo de exploração de materiais. Gestos e mímicas como representação afetiva/cognitiva.
OBJETIVO GERAL :
Compreender a história das concepções ocidentais de Infância,  Os atendimentos e a constituição do direito à educação da criança pequena no Brasil. A mediação pedagógica no cuidar e educar nas creches e pré-escolas. O conhecimento de mundo e a dimensão simbólica: Brinquedo, arte e movimento na aprendizagem e no desenvolvimento infantil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Compreender a importância da qualidade do oferecimento da Educação Infantil;
Despertar para interpretação da legislação da Educação Infantil, bem como usá-la a seu favor na promoção  de um ensino de qualidade;
Compreender as fases de desenvolvimento das crianças, respeitando-as como seres em constante formação;
Comparar o perfil  proposto do Educador Infantil ao professor atuante em sala de aula, no que diz respeito a formação e desempenho em turmas de 0 a 6 anos de idade;
Compreender Aprendizagem significativa e a importância dos conhecimentos prévios como ferramenta para uma boa abordagem em sala de aula, inclusive de modo interdisciplinar;

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
O resgate  histórico da Educação Infantil;
Legislação como suporte teórico para ação docente;
A contribuição do Referencial Curricular Nacional para o desenvolvimento do trabalho interdisciplinar;
Objetivos gerais da Educação Infantil;
Perfil do Professor da Educação Infantil;
Aprendizagem significativa e conhecimentos prévios;
Construção do vínculo professor/aluno;
Desenvolvimento infantil com suporte lúdico do 0 aos 6 anos de idade;
Expressão da sexualidade;
Observação, registro e avaliação formativa.
METODOLOGIA DE ENSINO
- Aulas Expositivas
- Estudo Dirigido
- Fichamento de textos
- Vídeos
- Slides com síntese do conteúdo
- Produção de oficina lúdica para crianças de 4 a 6 anos de idade
-  Realização de trabalho em equipe em escolas de Ensino Infantil

AVALIAÇÃO
- Participação durante a aula
- Pontualidade e Frequência
- Produção de oficina lúdica para crianças de 4 a 6 anos de idade
- Resultado de trabalho realizado em equipe ( para depois da aula ).
- Auto avaliação - comentada





domingo, 27 de outubro de 2013

"TODO MUNDO SE INCOMODA COM TODO MUNDO!"


"TODO MUNDO SE INCOMODA COM TODO MUNDO!"

Creio que todos já tenhamos percebido que tem sempre um(a) "amigo"(a)  que vai te "ignorando" logo que você realiza algum bom projeto para você mesmo(a) ... Aquilo que você tanto sonhou, trabalhou para alcançar. Ou... de repente tenha conseguido uma proeza não conseguida por ele ( por aquele (a) colega...)...
Não falo de distância pelo excesso de trabalho ou localidade. Falo daquele que sempre te alfineta, encontra algum erro ou defeito teu, mas nunca agrega a isso uma sugestão ou incentivo, pelo contrário !
Aquele.... que .. tipo, ao estarem "juntos" em algum lugar  faz questão de se distanciar de ti porque sabe da "diferença" entre ambos e que você jamais agiria como tal , pelo menos não "naquela" circunstância !
Eles tudo querem saber da tua vida, como anda filho, marido ou namorado, trabalho, convívio com terceiros , etc.

Em alguns casos tudo o que desejam é ocupar o lugar do outro !



Mas olha, infelizmente  todos nós somos assim ... Alguns mais ... outros menos...Uns com intenções "brancas" outros - e a maioria deles- com intenções obscuras, ou seja,  más intenções  disfarçadas de preocupação.
Eles rodeiam tudo e todo mundo, com o único objetivo de ficarem a par da situação. Da tua situação, entendeu né ?

*****************************

Certa vez, um homem, extremamente invejoso de seu vizinho, recebeu a visita de uma fada, que lhe ofereceu a chance de realizar um desejo. “Você pode pedir o que quiser, desde que seu vizinho receba o mesmo e em dobro”, sentenciou. O invejoso respondeu, então, que queria que ela lhe arrancasse um olho. Moral da história: o prazer de ver o outro se prejudicar prevaleceu sobre qualquer vontade. É por meio dessa fábula que a psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) definiu na obra “Inveja e Gratidão”, um dos principais estudos já feitos sobre o tema, o comportamento de quem vive intensamente esse sentimento.
Ao mesmo tempo que o ciúme é querer manter o que se tem e a cobiça é desejar aquilo que não lhe pertence, a inveja é não querer que o outro tenha. O mais renegado dos sete pecados capitais é uma emoção inerente à condição humana, por mais difícil que seja confessá-la. Afinal, todo mundo, em algum momento da vida, já sentiu vontade de ser como alguém. Há até um lugar no cérebro reservado para a inveja. Pela primeira vez, uma pesquisa científica mostra onde ela e o shadenfreude – palavra alemã que dá nome ao sentimento de prazer que o invejoso experimenta ao presenciar o infortúnio do invejado – são processados na mente humana.



Não bastasse isso, ainda tem os "virtuais" ...
Aqueles que tudo quanto você posta ( publica) faz uma atualização de revide á sua postagem  !!
Zeus !!!  É complexo demais tudo isso , porém, inevitável !!

ALGUNS CASOS DE INVEJA NO PASSADO
Antonio Salieri (1750 – 1825)
Antonio Salieri era seis anos mais velho que Mozart, o compositor italiano não suportava a precocidade do concorrente. Anos após a morte do rival, Salieri corroia-se pela imortalidade da sua maravilhosa obra.
Michelangelo (1475 – 1564)
O consagrado Michelangelo sentiu-se ameaçado pelo brilho de Rafael, oito anos mais novo. Insistia que o garoto o plagiava e criava dificuldades na sua relação com o papa.

COMO LIDAR COM UMA PESSOAS ASSIM ?

Não existe uma forma certa, um manual de instruções de como lidar com pessoas assim. A verdade é que por mais que você tente argumentar e mostrar que suas  intenções são boas, ela acabará por tentar denegrir a todo custo tua reputação, que seja distorcendo tuas falas e ações, seja manipulando pessoas de mentes fracas a se aliarem a ela.
O segredo é mesmo não fraquejar diante de qualquer situação, ter foco e determinação para realização de qualquer projeto BOM.

CONCLUSÃO ...
Se você incomoda é porque age, não vive no anonimato e  de algum modo exerce alguma influência sobre essa pessoa  que ao invés de chegar-se e aperfeiçoar-se contigo ,  tende em TENTAR te derrubar, prejudicar-te de algum modo .
Ah, e não se engane... Isso não passa !!!  A não ser que você pare no tempo, deprima , deixe  de idealizar e realizar teus projetos .
Você não é fraco a esse ponto, é??
EU NÃO !
Invejoso
O carro do vizinho é muito mais possante
E aquela mulher dele é tão interessante
Por isso ele parece muito mais potente
Sua casa foi pintada recentemente
E quando encontra o seu colega de trabalho
Só pensa em quanto deve ser o seu salário
Queria ter a secretária do patrão
Mas sua conta bancária já chegou no chão
Na hora do almoço vai pra lanchonete
Tomar seu copo d'água e comer um croquete
Enquanto imagina aquele restaurante
Aonde os outros devem estar nesse instante
Invejoso
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá caroço
Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
mas acabou no fundo desse poço
Depois você caminha até a academia
Sem automóvel e também sem companhia
Queria ter o corpo um pouco mais sarado
Como aquele rapaz que malha do seu lado
E se envergonha de sua própria namorada
Achando que os amigos vão fazer piada
Queria uma mulher daquelas de revista
Uma aeromoça, uma recepcionista
E quando chega em casa liga a tevê
Vê tanta gente mais feliz do que você
Apaga a luz na cama e antes de dormir
Fica pensando o que fazer pra conseguir
O que é dos outros
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá caroço
Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
mas acabou no fundo desse poço



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DIA DOS PAIS NA ESCOLA BOM JESUS DA LAPA



MEU PAI DIZIA 
Michel F. M


Um dia foram pais carinhosos, Hoje não são mais do que idosos. Pelos aprendizes são mal tratados, Vivendo uma vida de aposentados. Em um dia foram mestres, No outro foram fardos. Membros de um grupo desgarrado, Pais da evolução, filhos da perdição. E o velho retirante se coloca a caminhar, Na busca por um fio do passado a restaurar, Passado em que sentiu orgulho de viver, Viveu e assumiu paixões no entardecer, Sem medo do escuro dominar sua clareza, Usou toda a artimanha, era o rei da esperteza, Não detinha um centavo mais foi o mestre da nobreza. Ouvimos os murmúrios, aprendemos os martírios, Sentimos o perfume mergulhando sobre os lírios, E no final da trilha te sobraram dois destinos, Ou o asilo ou o exílio, mas eu prefiro o Sol Divino, Um dia eu ouvi meu Pai dizer: Só morre de verdade quem não viver, Porque quem vive e faz por merecer, Jamais verá o eterno anoitecer. Um belo dia ! Meu Pai dizia...




Mão nas garrafas !

Cada filho e/ou filha vendo de perto a produção do seu brinquedo.

Juntos! Brinquedos já confeccionados ( obs.. mesa ao lado )

Presenteando e agradecendo a presença- Prof Carpegiane

Professora Eliane Eugênio agraciando os pais dos seus !

Na espera dos demais.




MINI PROJETO - PAIS

JUSTIFICATIVA

No segundo domingo de agosto comemoramos o Dia dos Pais. Durante os dias que antecede essa data, estaremos desenvolvendo uma série de atividades, para que os alunos focalizem no seu PAI: suas virtudes, seus valores, seu trabalho, seu lazer.É necessário despertar na criança sentimentos de amor e gratidão para com seu PAI.

OBJETIVOS

·   Levar a criança a demonstrar sua gratidão ao papai, homenageando-o com respeito e ternura;
·   Saber citar o nome completo do pai, sua profissão, local de trabalho;
·   Descrever a figura do pai oralmente, em textos e através de desenhos;
·   Reconhecer as preferências do pai em casa: diversão, comida, etc…;
·   Desenvolver interesse em colaborar com a família;
·   Compreender a importância de viver harmoniosamente no lar.

CULMINÂNCIA

.      Oficina de contação de história - Um aluno  ( ou os alunos )contará (ão) uma história para os pais, que irão recontar através da escrita ou imagem. ( o professor escolherá o texto )
·   Oficina de Atividade “ O Pai na escola ”, utilizando diferentes tipos de sucatas e materiais que serão oferecidos na oficina para a realização dos trabalhos.

ATENÇÃO

A culminância acontecerá por sala , ou seja, cada professor será responsável pelas atividades impostas, animação, fala, brincadeiras, descontração, etc.
A oficina, como viram, trata-se da confecção de um brinquedo. Está incluso nesse material uma foto, isso facilitará a orientação para produção, porém, não impede que vocês façam outro objeto, embora tenhamos nos organizado para produção deste.

SUGERIMOS :

* Uma dinâmica para iniciar ;
* Uma fala sobre a importância da presença e atenção na educação dos filhos;
* Apreciação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
* Oficina "contação de história;"
*  Oficina "o pai na escola."
* Uma fala agradecendo e reforçando a importância da parceria entre pais e mães para o sucesso dos filhos.

 P.S 
~ Caso os professores colaborem com uma camiseta ganharão mais uma para sortearem  entre os pais.
~ Pedir que os alunos tragam uma garrafa vazia de detergente.
~ Após as atividades serviremos um lanche e assim encerra-se o evento.
~ Após o término faremos a nossa avaliação.
 OBS : Vivenciaremos o cume do mini projeto na quinta-feira, dia 8 de agosto.

Leonarda Carvalho




Não deixem de conferir o vídeo !

DIA DOS PAIS NA ESCOLA BJL

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A contribuição de Dewey e os caminhos já percorridos e registrados na história da educação.



A contribuição de Dewey e os caminhos já percorridos e registrados na história da educação.
Leonarda carvalho de Macedo

A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.
John Dewey
            Há anos, dezenas e dezenas de anos falando sobre  educação, sobre os direitos de tê-la , sobre os direitos de usufruir dos direitos de ser cidadão... Um pouco complexo, não ? - Não !
            Não vamos aqui fantasiar, dizer que  nos dias de hoje tem sido fácil, bem como antigamente, está numa sala de aula repleta de vários mundos, vontades e anseios. Outrora os privilegiados tinham perfis diferentes, aulas diferentes .... cada qual de acordo com sua posição financeira, como algo predestinado...  como castrar do outro o direito de sonhar, de buscar mais.
            Partamos agora para atualidade, reconhecendo o vasto caminho pedregoso percorrido até aqui, agradecendo inclusive aos vários estudiosos, teóricos/práticos que se expuseram diante de uma sociedade egoísta que insistia ( e insiste até hoje ) em banalizar a qualidade da  educação e ensino oferecidos.
            Os tempos mudaram, claro. Mas e os problemas enfrentados na e para educação, cessaram , diminuíram, mudaram ou continuam os mesmos?
            "Novos tempos, velhos problemas", (Freire, Ed. UNESP- Coletânea de textos) . É fato que muitos já estão desalienados , a prova disso ( em parte ) é o que temos visto acontecer no Brasil,  impeachment de Collor, cassação de políticos "menores", protestos nas ruas, etc. ( vale lembrar das exceções , protestos sim, vandalismos NÃO ! )
            É sabido do inacabamento , inclusive de educadores e educandos, porém alguns educadores insistem em permanecerem inertes as mudanças de dezenas de anos atrás.
            Tão bom divertir-se, fazer algo que se goste de fazer ... Posso então "culpar"  professores que estão  no ofício por imposição do destino, falta de recursos para cursar outras  faculdades; a família que desordenadamente aumentam  seu clã  por ignorância ou movidos pelos programas de governo, que servem EXTAMENTE para aumentar o comodismo dos alienados.... Mesmo sendo fácil culpar o outro, e bem mais cômodo inclusive, não os culparei, pelo contrário, divido com todos a responsabilidade de sermos melhores em todos os aspectos, âmbitos e repartições.
            Tudo quanto seja possível para alavancar a aprendizagem existe escrito, registrado fotografado e principalmente experimentado por educadores, pessoas simples e grandes teóricos/práticos que investigaram incessantemente e atuaram para superar a alienação da massa imposta pelos governantes, administradores e quiçá controladores da evolução humana.
            O que carecemos é de vontade própria, incentivos governamentais e contribuição ativa da família. Por tudo em prática é um tanto complexo, porém não impossível, basta incentivarmos os envolvidos e não fraquejarmos diante do fracasso de um dos atores, pelo contrário, suprir a falta do outro sem apontar culpados,contornar a carência exposta, seja através da violência em sala de aula, inquietude, desrespeito com coleguinhas ou professores. Fazer o certo, o que deve ser feito ! Educar para vida efetivamente vai além de está todos os dias numa sala de aula, educar para a vida é viver em constante transformação, adaptação. Educar para vida significa acreditar na causa educacional apesar de tantos impasses, é ver, entender e respeitar cada aluno como ser único, capaz de aprender, evoluir e melhorar mesmo tendo em casa um turbilhão de motivos que o tentem impedi-lo e  afastá-lo do sucesso.
            Ser educador é felicitar-se com o progresso de um único aluno sequer numa sala de aula repleta de vidas sedentas de melhorias, sem ao menos saber dizer o que querem , a que vieram.
           
            JONH  DEWEY ....
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento." 

            John Dewey nasceu em 1859 em Burlington. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade.

            Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos. 
            Constatamos então, um caso em que a família supre a "falta" da Escola, ou seja,  ambiente pacífico repleto de confiança e educabilidade, é o perfil que a família tem de ter para tornar de fato suas crianças  adultos autônomos.
            Entende-se que desde sempre existam escolas e família ausentes, alunos desinteressados e interessados, alunos sedentos de aprendizagem , outros não , um não pode justificar o fracasso do outro, porém, duas instituições falidas e dependentes uma da outra  e somente sairão da ruína se juntos ficarem .
            Devemos considerar sempre as exceções, posto que Dewey é uma exceção ! Ele tinha em casa o suficiente para  as duas instituições, tanto é que  não foi insensível a mudança educacional escolar , pelo contrário, o que lhe faltou na escola durante a infância , proporcionou a outros pequeninos através de suas pesquisas , experimentos e sugestões à prática pedagógica. Enquanto criança, e como qualquer criança , incomodava-lhe a monotonia dos tempos da educação tradicional isso lhe impulsionou  a contribuir com o progresso da instituição escolar.
            A corrente de Dewey ,  denominada Progressiva tinha como principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o desenvolvimento/crescimento  físico, emocional e intelectual.
            Defende-se a ideia de aprender fazendo, instigando a criança a ser capaz  de desvendar  desafios, claro que orientados por seus mestres. Um método pragmático, instrumental, onde a criança é respeita e vista como protagonista da aprendizagem.
            Dewey, considerado pai do pragmatismo, defende o princípio de que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos dados. Atividades práticas e criativas ganham destaque,  enriquecem o currículo e estimulam os pequenos para buscar suas próprias descobertas.
            Dewey foi um dos pioneiros em destacar a capacidade de pensar dos alunos. Ele acreditava que para o processo educativo é necessário comunicação, troca de ideias, sentimentos e experiências sobre situações práticas do dia-a-dia. Defendeu que a escola tem de ser um espaço democrático, um lugar onde as pessoas se encontrem para educar e serem educadas.
            Embora de modo criativo, a escola não pode fantasiar, pelo contrário, "afinal, as crianças não estão em dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro vivendo" (Dewey).
            A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas ideias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.
            Ocorre então que desde os primórdios  vivemos na peleja para alavancarmos a educação, contudo  temos de lidar com os pseudos discípulos de generosos pensadores que tudo deram de si para contribuir com democracia educacional e embora muito tenham nos  ensinado ainda há quem resista em inovar sua prática de modo a acreditar na potencialidades dos seu alunos, insistindo em práticas arcaicas, cansativas e enfadonhas para ambas as partes.
            Todos nós enquanto educadores que somos, temos de reivindicar por melhoria, que seja salarial, condições de trabalho e afins, porém não podemos jamais por em cheque a nossa contribuição positiva para a vida de quaisquer um que passe por nós, por nossas mãos.
            Referências Bibliográficas
MACEDO, L. C.


DEWEY, John. Experiência e educação. 3 Ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1979

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PLANTE O FUTURO !





Plante o futuro


Um senhor já idoso amava muito as plantas. Todos os dias acordava bem cedo para cuidar de seu jardim. Fazia isso com tanto carinho e mantinha o jardim tão lindo que não havia quem não admirasse suas plantas e flores.
Certo dia resolveu plantar uma jabuticabeira.Enquanto fazia o serviço com toda  dedicação, aproximou-se dele um jovem que lhe perguntou:
- Que planta é essa que o senhor está cuidando?
- Acabo de plantar uma jabuticabeira! - respondeu.
- E quanto tempo ela demora para dar fruto? - indagou o jovem.
- Ah! Mais ou menos uns 15 anos - respondeu o velho.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - questionou o rapaz.
- Não meu filho, provavelmente não comerei de seu fruto.
- Então, qual a vantagem de plantar uma árvore se o senhor não comerá de seu fruto O velho, olhando serenamente nos olhos do rapaz, respondeu:
- Nenhuma, meu filho, exceto a vantagem de saber que ninguém comeria jabuticaba se todos pensassem como você.
   O rapaz, ouvindo aquilo, despediu-se do velho e saiu pensativo.Depois de caminhar um pouco, encontrou à sua frente uma árvore e parou para descansar à sua sombra.
    De repente olhou para cima e percebeu que se tratava de uma jabuticabeira carregada de frutos maduros.
Pôde então saborear deliciosas jabuticabas. Enquanto comia, lembrou-se da sua conversa com o velho e refletiu: "Estou comendo esta jabuticaba porque alguém há 15 anos atrás plantou esta árvore.Talvez essa pessoa não esteja mais viva, mas seus frutos estão."O importante é plantar e saber que um dia alguém será beneficiado.




quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Por uma pedagogia diversamente diferenciada !

Epistemologia social
Leonarda carvalho de Macedo

"Aquele que não acredita na educabilidade dos seus alunos faria melhor mudar de ofício
(Meirieu, 2004)."

            Para está na Educação é necessário acreditar na causa, aceitar que nossas ações estão sujeitas a erros e ainda assim tentar. Perceber cada ser como único, respeitá-lo enquanto cidadão em formação, mais que isso, aceitar que lições podem e devem ser recíprocas. Tentar o novo, o velho, criar situações, nos enxergarmos como inacabados, tal qual nossos alunos.
            A Educação " do 1º a 3º  mundo" , encontra obstáculos semelhantes a serem ultrapassados, o  que difere o sucesso do insucesso é a persistência, o perfil do Educador.
            Teorias e práticas se tornam ações, não necessariamente nessa ordem.
            A frase de Meirieu, citada acima, afirma que todos somos educáveis, desde que nos dada oportunidades para troca de experiências e exposição de ideias. Nossas crianças tem o cognitivo bastante fértil, bem incentivadas, desenvolvem-se e surpreendem-nos.
            Muitos são os discursos , debates, estudos, embora muito se tenha descoberto na Educação, muito pouco  ainda é feito pelos educadores, para os educandos em sala de aula e para os educadores pelo poder público.
            É fato que o legado teórico , deixado por muitos e atualmente criado por outros, está sempre a somar, embora não possamos nos esquecer que além do nosso discente, temos autonomia para criar e recriar práticas e assim  registrar os feitos, nascendo então mais teorias.
            Salas de aulas recheadas de mundos a serem desbravados, literalmente descobertos situam-se em várias das nossas Escolas. Crianças sedentas de curiosidade, desejosas de alguém que lhes dê  a devida atenção, o devido respeito, anseando por alguém que lhes escutem, que atendam os seus clamores. Essas crianças "gritam quietas" por mudanças, por diversidade, criatividade em sala de aula. Querem aprender e sabem como, mas precisam ser conduzidas para poder conduzirem!
            Assim também são muitos professores, alguns, com teorias obsoletas insistem em  não aceitar o novo, a evolução dos tempos e pensamentos, os que guardam desde sempre o mesmo caderninho de anotações e protestam sempre a cada início de ano letivo pela mesma série ( ou ano ) para não ter que  fazer um novo plano de aula, novas atividades, os que reclamam da monotonia e não saem dela. Outros, "detém" o saber, os que além de não acatarem ou experimentarem ideias não criam as suas próprias e insistem em reclamar da turma á coordenação.
            Ensinar vai além de rotineiramente  ir para uma escola e dar aulas. É  incitar curiosidades, vontades, é por exemplo, antes de iniciar uma aula de geografia, sobre a litosfera, pedir que as crianças tragam pedras ou pedrinhas das que vimos, principalmente no interior, é iniciar uma aula sobre fração com uma melancia e partilha-la com todos, e por aí vai.
            Sobre os vários mundos citados acima, saliento que todos valem a pena. A competência do docente expressa-se quando alcança-se o sucesso em turmas heterogêneas, obviamente que  é imprescindível dedicação. Assim como a curiosidade que devemos despertar nas crianças, temos também de tê-la. Enxergar cada um como único e válido nas suas especificidades. Professores devem ter além de habilidades, precisam de sensibilidade.
            É plural os motivos que levam nossos alunos ao sucesso ou insucesso. Ao chegar na Escola, nos primeiros anos, já se traz de casa e do "mundo" em que vivem uma educação, a que chamamos de informal, a que estará entranhada, seja boa ou "ruim". Para a segunda, é possível intervenção positiva, para a primeira todo aperfeiçoamento é possível e válido.
            Aprendemos com nossas vivências, estamos a todo tempo experimentando, investigando ou recriando algo dito/feito por outrem. Teses são erguidas e derrubadas. E é isso que nos  move, a curiosidade!
            É esta curiosidade que temos de ter pelos nossos alunos, adotar cada caso como sucesso possível.
       "O professor é militante da justiça social. É investigador da sua sala de aula" (Morrow e Torres, 1997).
            Esses princípios exprimem a pertinência da associação professor/investigador mas por outro lado mostram dois planos distintos:
            - Procurar na informação teórica apoio para os problemas de aprendizagem dos alunos;
            - Procurar constatar, pela investigação, de que modo as tentativas inovadoras resolvem os problemas encontrados. ( Duarte, 2008 )
            Assim, uma coisa é ação pedagógica, outra coisa é a investigação que se faz sobre ela ( mesmo que o professor e o investigador sejam a mesma pessoa ) porque a objetivação proporcionada pela teoria e a alteridade dos pares permitem distanciar os dois planos, o da ação e  o da pesquisa.
            Estudos e pesquisas nos servem de base e orientação para aperfeiçoamento da nossa prática, todavia, não é suficiente mudar a metodologia sem investigar também as necessidades dos alunos, tem de haver complementação entre ambas (ação e investigação / investigação e ação).
            O aluno como ser ativo pode  ser consultado sobre suas curiosidades e isto pode ser usado a favor da prática docente, mais que isso, tal ação tornará positivo o feedback.
            Concluamos que o registro dos diálogos com os próprios alunos e a análise das suas formulações e ensaios à luz de teorias orientadas poderão dar um importante contributo a uma ação pedagógica, que se pretende transformadora da escola e sociedade. ( Duarte, 2008 )
            Toda  aula é possível ser problematizada, ou seja, despertar antes do conteúdo propriamente dito a curiosidade pelos objetos, fenômenos, causas, etc. Percebidos pelos alunos fora dos muros da Escola. Registros são de suma importância tanto para constatação do aluno sobre sua evolução, bem como sucesso da prática do professor. O portfólio é uma boa sugestão para tais registros.
            A heterogeneidade na sala de aula pode ser usada, inclusive como ferramenta para o bom professor, podendo este, formar um grupo  de auxílio, onde os mais conhecedores sobre determinado conteúdo ajudarão os que manifestam dificuldades, sendo os membros, revezados de acordo com suas habilidades.
            No respeito pela ordem dos conceitos contida nos programas, nós, professores, tendemos a naturalmente seguir uma marcha da lecionação condizente com essa ordem. Tendemos ainda a esperar orientações pormenorizadas das direções-gerais e regionais ou outras instituições tutelares. Tendemos, em suma, a fazer reprodução de conhecimentos. É que, por mais teorias com que tenhamos contatado no nosso currículo, a nossa formação docente advém sobretudo das imagens dos professores que tivemos, imagens associadas a um modelo uniforme, ligado a um tempo em que a escola era seletiva e os alunos tinham um nível cultural relativamente homogêneo, o que permitia transmitir o saber a esses alunos “como se fossem um só”.  (Duarte, livro em preparação)
             Este modelo de homogeneidade , embora ultrapassado, ainda vigora para alguns professores. É natural que guardemos conosco boas (ou más) lembranças dos nossos mestres, afinal, todos nos deixam recordações, sejam elas boas ou menos boas. Infelizmente, alguns profissionais da Educação ao invés de proporcionar o conhecimento, dificultam-no, provavelmente tenham a falsa sensação de soberania sobre os aprendizes e perdem a oportunidade tanto de ensinar quanto de aprender com os nosso meninos e meninas.
            Todos nós trazemos  lembranças desagradáveis da escola, seja ela no Ensino Fundamental ou Médio. Ainda que o fato não tenha se dado  conosco,  presenciamos de algum modo, ao logo da vida Escolar um coleguinha que tenha passado por algum constrangimento causado pelo professor "carrasco".
            O que quero dizer é que não passamos neutros pela vida das pessoas, nem o professor, nem o aluno. O que nos torna ainda mais responsáveis  no nosso  ofício, considerando que somos  nós, os professores, que temos que nos preocupar com legado deixados para as crianças das nossas escolas.
            Paulo Freire diz:
Paulo Freire, 1996

            Existe uma gama de coisas  interessantes  a serem exploradas fora da escola e que podem ser trazidas para dentro dela, ou levar o nosso sujeito ao encontro de tais coisas. Embora as Escolas estejam mudadas e não haja tantos perfis parecidos entre os alunos, temos mais Escolas, (embora algumas bastantes sucateadas) e recebemos mais investimentos a cada ano. Não estou justificando o fracasso  da Escola pela prática docente, porém afirmo que muitos de nós podemos fazem muito além do que realmente fazemos.
            É comum na Escola presenciarmos aulas de boa qualidade, onde o professor naturalmente manifesta sua vocação para o magistério. Demonstra humanidade, preocupação, interesse pelos alunos. As Escolas estão compostas, também por professores que atuam dentro e fora da Unidade de Ensino, que sentem a ausência do aluno, percebem tristeza ou alegria demasiadas, que se dispõem a visitar a família da criança, caso seja necessário. Em contrapartida, temos os sofistas de discursos exemplar, que tudo enxergam, por exemplo, a Escola deteriorada, salas cheias, falta de material de consumo, má qualidade da merenda, falhas da gestão, etc. Mas não são sensíveis ao principal, a necessidade do aluno que já vem de uma sociedade excludente, que por vezes vai a Escola pelo forçar da mãe ou para não ver por quatro horas ( mais ou menos ) seus pais bêbados /brigando ou saciar a fome ou tantos outros motivos que não seja aprender,  porque alguém não lhe despertou ainda o prazer para tal.
            Com isto, não estou eximindo a responsabilidade do poder público, pelo contrário, mas temos de ser no mínimo éticos com a causa que abraçamos, neste caso a Educação.
            Enquanto escrevia estas linhas, li em algum lugar que "Educar dá trabalho,  e se não dá, não é educação." ( desconheço autoria)
            Compreendi o "trabalho" como atividades constantes, pesquisas, diferenciação de prática para atender todas as especificidades da turma, e obviamente, a busca pelo reconhecimento e valorização da prática docente, investimento na profissão no tangente a  formações, workshop,investimento em tecnologias facilitadoras da aprendizagem, manutenção dos prédios escolares, etc. Mas também e, principalmente  a consciência de que uma luta não pode interferir no resultado da outra. Não podemos deixar de fazer pelos nossos alunos o que sabemos e podemos fazer porque o governo não faz a sua parte ou tarda em fazê-la. Isso não denotaria um ato de bravura, como os muitos atos  dignos de tantos professores existentes mundo afora  que não desistem dos seus alunos, que sentem prazer em educar, mesmo diante de infinitas dificuldades e obstáculos.
            " Não se pode falar em educação sem amor" (Freire). Frase distorcida por muitos, mas que expressa o que escrevi  acima. Não é só trabalho, ocupação ou salário, mas buscar fazer o que se gosta de fazer! Sentir-se desafiado por situações a serem desvendadas, o prazer em fazer parte da história de uma criança que até então não manifestava nenhum estímulo para quaisquer circunstância . Trata-se de trabalhar com dedicação, amor ao que se faz. Plantar expectativas de vida nos futuros adultos da nossa sociedade. É comum em reuniões de pais, (no município que moro e trabalho) ouvir depoimentos do tipo " não estudei porque meu pai queria que eu trabalhasse"; "não estudei porque engravidei logo e tive de casar, meu marido não me deixou ir para escola"; " não estudei porque era muito difícil naquele tempo, só quem tinha dinheiro é que ia para escola."  Atualmente relatos assim se tornaram bem mais raros. A Escola está para todos, no campo, na cidade, ribeirinhos. O nosso desafio agora é  manter nosso aluno assíduo na  Escola. Concorremos com uma gama de coisas interessantes, o que com certeza, aumenta o nosso mérito em despertar no aluno a vontade de está numa sala por vezes sucateada, onde a tecnologia disponível para nós seja giz, livro didático e brinquedos de material reciclado, Lá fora ? Tecnologia de ponta !