ATIVIDADES
PARA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
MINI
PROJETO
* Como é sabido,
estamos prestes a vivenciarmos a Semana da Consciência Negra. Uma data de cunho
simbólico, considerando suas lutas, perdas e conquistas , pois assim como todo
ser humano, merecem respeito,
reconhecimento e nossa gratidão.
Negros são fortes,
resistentes e têm habilidades imensas.
Negro é brasileiro, também !
JUSTIFICATIVA
Comemora-se no dia 20 de novembro, o "Dia
Nacional da Consciência Negra". Nessa data, em 1695, foi assassinado
Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares. A escolha do 20 de
novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de maio: "Os
movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está
marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela
visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre
foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse".( Flávio Gomes
)
Pela Lei nº10.639 toda instituição de ensino
fundamental e médio, pública e particular, deve incluir o assunto Cultura Negra
no currículo. Contudo, em muitos lugares, após quatro anos de sua aprovação, a
lei é ainda ignorada. Muitas vezes simplesmente por falta de capacitação de
professores.
As mudanças não estão ocorrendo apenas na parte estrutural, mas também são sentidas na pele por alunos e professores. Estes, agora, têm de buscar atualizações, cursos de extensão e etc; aqueles, terão que se acostumar a conhecer novas culturas e histórias diferentes das quais estamos expostos todos os dias.
As mudanças não estão ocorrendo apenas na parte estrutural, mas também são sentidas na pele por alunos e professores. Estes, agora, têm de buscar atualizações, cursos de extensão e etc; aqueles, terão que se acostumar a conhecer novas culturas e histórias diferentes das quais estamos expostos todos os dias.
Objetivo
Geral
-
Possibilitar o desenvolvimento de valores básicos para a consciência da mistura
das três raças que deu origem ao povo brasileiro, para o respeito ao outro e a
si mesmo e para que compreendam, respeitem e valorizem a diversidade
sociocultural e a convivência solidária em uma sociedade democrática.
Objetivos
específicos
- Valorizar a Cultura negra e seus afrodescendentes na escola e fora dela;
-
Promover a reflexão e resgate da identidade negra;
-
Reconhecer alimentos, receitas e objetos de origem africana;
Construir
conhecimentos sobre as tradições, crenças e maneiras de vestir-se;
-
Produzir e recitar poemas
Se tu tens consciência
Negro
Se tu tens
consciência, respeite tua própria natureza.
Assuma tua beleza que muitos desejariam ter.
Se tu tens consciência, respeite o negro,
Afro descente e toda gente
Que vive acorrentado pelo preconceito da cor.
Mas se tu tens consciência,
Assuma sua identidade
E veja seu valor.
Já que negro quando pinta,
Tem três vezes trinta.
Assim dizia meu avô.
Viver muito pra ti é mais
Dádiva do nosso Criador.
Assuma tua beleza que muitos desejariam ter.
Se tu tens consciência, respeite o negro,
Afro descente e toda gente
Que vive acorrentado pelo preconceito da cor.
Mas se tu tens consciência,
Assuma sua identidade
E veja seu valor.
Já que negro quando pinta,
Tem três vezes trinta.
Assim dizia meu avô.
Viver muito pra ti é mais
Dádiva do nosso Criador.
Valter Alves da Silva
Senzala
Negro
Havia gemidos na ala
escura da fazenda.
Através da fenda mais obscura via-se a dor
E, para aqueles que ali ficavam
Só restava o clamor.
Não tinham renda,
Muito menos direito ao amor.
Não pensavam que tinha alma
O negro do tabor
Pois muitos acreditavam ser maldição a sua cor.
No pelourinho, deitado na palha sobre o duro chão
Dormia o escravo naquele pesadelo sem compaixão.
Sentia no madeiro seu holocausto.
Exausto, apenas servia ao seu senhor.
Um dia, homens de bem,
Outrora comovidos por verem tamanha aberração
Na escravidão, um ato tão maldito
Lutaram com afinco até o fim desta cruel situação.
Disseram bênção o homem da pele escura
E a senzala não se valeu,
Doeu! Mas como na vida tudo passa
Chegou ao fim a escravidão.
O mundo estava errado,
O negro tem valor...
Carrega no sangue, sua alma
Que pulsa firme no coração,
E esta vida que nos carrega
Com liberdade aponta uma boa direção.
Deixemos para trás a senzala:
Aquela foi a história em outra dimensão.
Através da fenda mais obscura via-se a dor
E, para aqueles que ali ficavam
Só restava o clamor.
Não tinham renda,
Muito menos direito ao amor.
Não pensavam que tinha alma
O negro do tabor
Pois muitos acreditavam ser maldição a sua cor.
No pelourinho, deitado na palha sobre o duro chão
Dormia o escravo naquele pesadelo sem compaixão.
Sentia no madeiro seu holocausto.
Exausto, apenas servia ao seu senhor.
Um dia, homens de bem,
Outrora comovidos por verem tamanha aberração
Na escravidão, um ato tão maldito
Lutaram com afinco até o fim desta cruel situação.
Disseram bênção o homem da pele escura
E a senzala não se valeu,
Doeu! Mas como na vida tudo passa
Chegou ao fim a escravidão.
O mundo estava errado,
O negro tem valor...
Carrega no sangue, sua alma
Que pulsa firme no coração,
E esta vida que nos carrega
Com liberdade aponta uma boa direção.
Deixemos para trás a senzala:
Aquela foi a história em outra dimensão.
César Moura
Pátria
Negro
Ó pátria minha.
Ilimita-me
liberta-me da corrente.
Liberta-me dos porões.
Liberta-me das senzalas.
Quero voltar para minha casa.
Quero volta para minha família.
Quero voltar para minha terra.
Quero minha mãe África.
Ilimita-me
liberta-me da corrente.
Liberta-me dos porões.
Liberta-me das senzalas.
Quero voltar para minha casa.
Quero volta para minha família.
Quero voltar para minha terra.
Quero minha mãe África.
Charles Dalan
Liberdade, negra liberdade
Negro
Há muito tempo me
pergunto!
Vivi muitos anos a servir sem nunca ser servido...
O que me restava era o relento,
as migalhas e a indiferença...
Mas mesmo assim,
o meu sorriso sofrido brilhava em meio ao desespero...
Iluminava e me fazia sonhar que um dia seria livre.
Fui livre, mas não liberto!
Longe de casa...
Fiquei preso aos grilhões da imaginação,
Os mesmos que me rasgavam a alma.
E hoje os percebo na ignorância do meu semelhante!
Que vê na minha cor e na minha garra,
um afrontamento.
Ao invés de ver
como um pedido de reconhecimento verdadeiro,
Não admitem!
Fingem que realmente sou livre...
Não se enganam!
Realmente sou livre!
Pois, meu sorriso e meus sonhos,
ninguém acorrenta mais,
Como fizeram com os meus antepassados,
filhos paridos nessa terra indiferente,
Que muitas vezes não enxerga a beleza
e a riqueza na diferença.
A liberdade da cor,
do sorriso maroto,
que se completam e encantam o olhar.
E esse é livre...
Assim como eu, no brilho do luar.
Vivi muitos anos a servir sem nunca ser servido...
O que me restava era o relento,
as migalhas e a indiferença...
Mas mesmo assim,
o meu sorriso sofrido brilhava em meio ao desespero...
Iluminava e me fazia sonhar que um dia seria livre.
Fui livre, mas não liberto!
Longe de casa...
Fiquei preso aos grilhões da imaginação,
Os mesmos que me rasgavam a alma.
E hoje os percebo na ignorância do meu semelhante!
Que vê na minha cor e na minha garra,
um afrontamento.
Ao invés de ver
como um pedido de reconhecimento verdadeiro,
Não admitem!
Fingem que realmente sou livre...
Não se enganam!
Realmente sou livre!
Pois, meu sorriso e meus sonhos,
ninguém acorrenta mais,
Como fizeram com os meus antepassados,
filhos paridos nessa terra indiferente,
Que muitas vezes não enxerga a beleza
e a riqueza na diferença.
A liberdade da cor,
do sorriso maroto,
que se completam e encantam o olhar.
E esse é livre...
Assim como eu, no brilho do luar.
Alexsandro do N. Ribeiro
INFORME!!
Quilombo dos palmares
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca
de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em
pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse
uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não
pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Dia 20 de novembro de 1695
Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
ATENÇÃO
:
*
Trabalharemos os dias 18 e 19 de novembro com conscientizações, conversas,
projeção de vídeos e execução de atividades em sala de aula. Dia 20
apresentaremos para o grupo o resultado do nosso trabalho, bem como
assistiremos filmes, apresentações de
danças , como a acapoeira e outros Afro-sambas; recitações de poemas e cordéis,
etc.
* Cada
professor produzirá um cartaz, cujo,
trará exposto algumas das muitas
conquistas dos
Afrodescendentes ao longo dos anos. (
essa atividade variará de acordo com que o professor optar para evidenciar -
destacar- )
Exemplo
: Negros famosos; Negros que lutaram pela igualdade de tratamento; a luta e
conquistas de Zumbi. Pode ser usado a composição de figuras a partir de
colagens (tipo mosaicos). Um único cartaz para expor sobre a rica cultura
Afrodescendente !
- Temos uma pasta exclusiva para este projeto.
A mesma se encontra com a Coordenação Pedagógica, caso necessitem de mais
material ( além dos que vocês já têm)
estejam a vontade para solicitar.
Temos
músicas e vídeos. E o que não tivermos pesquisaremos !
RESULTADOS ...
O
fato de todos os dias serem de/para consciência negra, não justifica não
comemorarmos esse marco. Salve Zumbi dos palmares que com garra e determinação
lutou a favor da liberdade, contra escravidão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário